Nesse processo de construção de um eu pessoal e profissional, pude perceber também que, para falar de saúde, é essencial que os veículos de informação e prestação de serviços sejam espaços que gerem identificação com a população.
Com isso, nasceu a vontade de materializar, por meio de uma ilustração, as tantas coisas que me habitam. Fujo, por escolha, de uma representação realista e exploro a beleza do abstrato — um convite a abraçar a existência da realidade presente em cada interpretação, conforme os olhos que a enxergam.
Dando vida a essa ideia por meio do corpo, o abrigo do ser, que inicialmente é ele quem nos concede sustentação ao sentir-se vivo. tão nosso, mas também tão apontado socialmente.
— Nosso corpo tem sido realmente nosso?
A partir disso, decidi habitar com mais afinco o campo da escrita. Acredito que a palavra é uma das suturas da vida — por isso, tenho espalhado meus escritos por alguns lugares, como na minha newsletter. Nesse espaço, costuro aquilo que me atravessa, enquanto minha carne se mantém viva. Literatura, vivacidade e psicanálise.
A CIRANDA
Compreendendo a potência que existe na nossa voz, na nossa escuta, na literatura e na arte, em parceria com a psicanalista Natália Isepon, criamos dois espaços livres e seguros para vivermos e convivermos. A Ciranda é um coletivo de leitura e discussão sobre os diversos papéis sociais atribuídos às mulheres e sobre a complexidade dos olhares sociais que recaem sobre seus seres, corpos e subjetividades. É um espaço para pensar, sentir e elaborar juntas.
MULHERES E PSICANÁLISE
Também criamos um grupo no WhatsApp voltado para mulheres que atuam ou estudam psicanálise. Um espaço de troca, onde é possível tirar dúvidas, compartilhar materiais, informações, encaminhamentos, divulgações, angústias — e também as delícias da nossa profissão. Acredito que o percurso na psicanálise — assim como na vida — se constrói de forma coletiva.